"Ubi ergo Petrus, ibi ecclesia; ubi ecclesia, ibi nulla mors, sed vita eterna".
“Onde está Pedro, aí está a Igreja; onde está a Igreja aí não há morte, mas a vida eterna”.
Santo Ambrósio, Enarrationes in XII Psalmos davidicos; PL 14, 1082

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Padres, Bispos e Cardeais obedeçam o Papa, afirma Arcebispo Secretário da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos.


Repropomos esta excelente entrevista dada pelo Secretário da Congregação para o Culto Divino, Arcebispo Malcom Ranjith Patabendige, a Bruno Volpe, do website de notícias papais Petrus (clicca qua e vedi l'intervista in italiano).

Ajude a difundir estas palavras verdadeiras que sem dúvida refletem o pensamento do Romano Pontífice.

Excelência, como foi recebido o motu proprio de Bento XVI que liberou a Santa Missa de acordo com o Rito Tridentino? Alguns, no próprio seio da Igreja, viraram seus narizes...

"Existiram reações positivas e, é inútil negar, criticismos e oposição, mesmo de teólogos, liturgistas, padres, Bispos e até Cardeais. Eu francamente não entendo esses afastamentos e por que não [dizer ], rebelião contra o Papa. Eu convido a todos, particularmente os Pastores, a obedecer ao Papa, que é o Sucessor de Pedro. Os bispos, em particular, juraram fidelidade ao Pontífice: possam eles ser coerentes e fiéis aos seus comprometimentos.”

Em sua opinião, o que causa essas revelações contra o Motu Proprio?

"Você sabe que existiram por algumas dioceses, até documentos interpretativos que inexplicavelmente querem limitar o Motu Proprio do Papa. Essas ações mascaram por trás, numa mão, preconceitos de um tipo ideológico, e noutra, orgulho, um dos mais graves pecados. Eu repito: eu chamo a todos a obedeceram ao Papa. Se o Santo Padre decidiu promulgar o Motu Proprio, ele teve suas razões, que eu compartilho completamente”.

A decisão de Bento XVI liberar o rito Tridentino parece como um justo remédio aos tantos abusos litúrgicos tristemente registrados após o Concílio Vaticano II com o ‘Novus Ordo’...

"Veja, eu não quero criticar o ‘Novus Ordo’. Mas eu dou risada quando eu ouço dizer, até por amigos, que numa [certa] paróquia, um padre é “um Santo” devido à sua homilia ou como ele fala. A Santa Missa é sacrifício, dom, mistério, independentemente do padre celebrante. É importante, até mesmo fundamental, que o padre seja colocado de lado: o protagonista da Missa é Cristo. Eu não entendo, desta forma, as celebrações Eucarísticas transformadas em shows com danças, músicas e aplausos, como frequentemente acontece com o Novus Ordo”.

Monsenhor Patabendige, sua Congregação tem repetidamente denunciado esses abusos litúrgicos...

"Verdade. Existem muitos documentos, que, apesar de tudo, dolorosamente permaneceram letra morta, [que] terminaram em prateleiras empoeiradas ou, até pior, em cestas de papéis”.

Outro ponto: frequentemente se ouve longas homilias...

"Isso também é um abuso. Eu sou contrário a danças e aplausos no meio das Missas, que não são circo ou estádio. Enquanto para as homilias, elas devem relatar, como o Papa sublinhou, exclusivamente a aspectos catequéticos, evitando sociologismos e tagarelices inúteis.Por exemplo, padres frequentemente desviam para política, porque não prepararam bem a homilia, que deve, pelo contrário, ser escrupulosamente estudada. Uma homilia excessivamente longa é sinônimo de uma escassa preparação: o tempo correto para um sermão deve ser 10 minutos, 15 no máximo. Deve ser entendido que o momento culminante da celebração é o mistério Eucarístico, que não significa subestimar a liturgia da palavra, mas clarificar como uma correta liturgia deve ser aplicada”.

Voltando ao Motu Proprio: alguns criticam o uso do Latim durante a Missa...

"O rito Tridentino é parte da tradição da Igreja. O Papa pontualmente explicou os motivos para sua medida, um ato de liberdade e justiça para os tradicionalistas. Quanto ao Latim, quero sublinhar que ele nunca foi abolido, e mais, ele garante a universalidade da Igreja. Mas eu repito: Eu convido padres, Bispos e Cardeais à obediência, deixando de lado todo tipo de orgulho e preconceito”.
Summorum Pontificum, "Invito a todos, sobre todo a los pastores, a obedecer al Papa, que es el sucesor de Pedro": Mons. Ranjith
¿Que acogida ha tenido el Motu Proprio de Benedicto XVI que ha liberalizado la Santa Misa según el rito tridentino? Algunos, en el seno de la Iglesia, han respingado sus narices...
"Ha habido reacciones positivas y, es inútil negarlo, críticas y toma de posiciones contrarias, también de parte de teólogos, liturgistas, sacerdotes, obispos y aún cardenales. Francamente, no comprendo esta forma de alejamiento y, ¿por qué no?, de rebelión al Papa. Invito a todos, sobre todo a los pastores, a obedecer al Papa, que es el sucesor de Pedro. Los obispos en particular, han jurado fidelidad al Pontífice: sean coherentes y fieles a su compromiso".
- En su opinión, ¿qué causa estas manifestaciones contrarias al Motu Proprio?
"Usted sabe que ha habido, de parte de algunas Diócesis, también documentos interpretativos que intentan inexplicablemente limitar el Motu Proprio del Papa. Dentro de éstas acciones se esconden por una parte prejuicios de tipo ideológico y por la otra, el orgullo, uno de los pecados más graves. Repito: invito a todos a obedecer al Papa. Si el Santo Padre ha resuelto promulgar el Motu Proprio, ha tenido sus razones las cuales comparto plenamente".
- La liberalización del rito tridentino decidida por Benedicto XVI parece como el remedio justo a tantos abusos litúrgicos registrados tristemente después del Concilio Vaticano II con el 'Novus Ordo'...
"Vea, Yo no deseo criticar el 'Novus Ordo'. Pero me causa risa cuando oigo decir, incluso entre amigos, que en una parroquia un sacerdote es "un santo" por la homilía o por como habla. La Santa Misa es sacrificio, don, misterio, independientemente del sacerdote que celebra. Es importante, incluso fundamental, que el sacerdote se haga aparte: el protagonista de la Misa es Cristo. No comprendo, entonces, las celebraciones Eucarísticas transformadas en espectáculo con baile, canto o aplausos, como frecuentemente sucede con el Novus Ordo".
- Monseñor Patabendige, Su Congregación ha denunciado muchas veces estos abusos litúrgicos...
"Cierto. Hay tantos documentos, que sin embargo permanecen como letra muerta, terminando en cajones polvorientos o, peor aún, en el cesto de la basura".
- Otro punto: muchas veces se asiste a homilías larguísimas...
"También esto es un abuso. Estoy en contra de los bailes y aplausos en el curso de las Misas, que no son un circo ni un estadio. En cuanto a la homilía, debe referirse, como lo ha delineado el Papa, exclusivamente al aspecto catequético evitando sociologismos y chácharas inútiles. Por ejemplo, a menudo los sacerdotes la emprenden contra los políticos porque no han preparado bien la homilía, que debe, en cambio, ser escrupulosamente estudiada. Una homilía excesivamente larga es sinónimo de escasa preparación: el tiempo justo de una predicación debe ser de 10 minutos, como máximo 15. Se debe saber que el momento culmen de la celebración es el misterio Eucarístico, que no significa menospreciar la liturgia de la Palabra sino aclarar cómo se debe aplicar una correcta liturgia".
- Volviendo al Motu Proprio: algunos critican el uso del latín durante la Misa...
"El rito tridentino hace parte de la tradición de la Iglesia. El Papa ha explicado debidamente las razones de su medida, un acto de libertad y de justicia hacia los tradicionalistas. En cuanto al latín, deseo delinear que no ha estado abolido, y lo que es más, garantiza la universalidad de la Iglesia. Pero repito: invito a los sacerdotes, obispos y cardenales a la obediencia, dejando aparte todo tipo de orgullo y prejuicio.
Ranjith speaks: Episcopal "rebellion" going on; "Bishops and Cardinals" must obey the Pope

From an interview granted by the Secretary of the Congregation for Divine Worship, Archbishop Malcolm Ranjith Patabendige, to Bruno Volpe, of the papal news website Petrus:

Your Excellency, how has Benedict XVI´s motu proprio which liberalized the Holy Mass according to the Tridentine Rite been received?
Some, in the bosom of the Church itself, have turned their noses...
"There have been positive reactions and, it is useless to deny it, criticisms and opposition , even from theologians, liturgists, priests, Bishops, and even Cardinals. I frankly do not understand these rifts, and, why not [say it], rebellion towards the Pope. I invite all, particularly the Shepherds, to obey the Pope, who is the Successor of Peter. The Bishops, in particular, have sworn fidelity to the Pontiff: may they be coherent and faithful to their commitment".
In your opinion, what causes these displays against the Motu Proprio?
"You know that there have been, by some dioceses, even interpretative documents which inexplainably intend to limit the Pope's Motu Proprio. These actions mask behind them, on one hand, prejudices of an ideological kind and, on the other, pride, one of the gravest sins. I repeat: I invite all to obey the Pope. If the Holy father decided to promulgate the Motu Proprio, he had his reasons, which I fully share."
Benedict XVI´s decision to liberalize the Tridentine Rite seems as a just remedy to the so many liturgical abuses sadly registered after the Second Vatican Council with the 'Novus Ordo'...
"See, I do not wish to criticize the 'Novus Ordo'. But I laugh when I hear it said, even by friends, that in a [certain] parish, a priest is 'a Saint' due to his homily or to how he speaks. The Holy Mass is sacrifice, gift, mystery, independently of the celebrating priest. It is important, fundamental even, that the priest be put aside: the protagonist of the Mass is Christ. I do not understand, thus, the Eucharistic celebrations transformed in shows with dances, songs, and applause, as it frequently happens with the Novus Ordo."
Monsignor Patabendige, your Congregation has repeatedly denounced these liturgical abuses...
"True. There are so many documents, which have nonetheless painfully remained dead letter, [which] have ended up on dusty shelves or, even worse, in wastebaskets."
Another point: one often hears very long homilies...
"This also is an abuse. I am opposed to dances and applause in the middle of the Masses, which are not a circus or a stadium. As for the homilies, they must relate, as the Pope has underlined, exclusively to the catechetical aspect, avoiding sociologisms and useless chatter. For example, priests often veer towards politics because they have not prepared well the homily, which must, instead, be scrupulously studied. An excessively long homily is synonymous with a scarce preparation: the correct time for a sermon must be of 10 minutes, 15 at most. It must be acknowledged that the culminating moment of the celebration is the Eucharistic mystery, which does not mean downplaying the Liturgy of the Word, but clarifying how a correct liturgy must be applied."
Returning to the Motu Proprio: some criticize the use of Latin during Mass...
"The Tridentine Rite is part of the tradition of the Church. The Pope has dutifully explained the motives for his measure, an act of liberty and justice towards Traditionalists. As for Latin, I wish to underline that it has never been abolished and, what is more, it guarantees the universality of the Church. But I repeat: I invite priests, Bishops, and Cardinals to obedience, setting aside every kind of pride and prejudice."

Motu Proprio de Benoît XVI : Mgr Ranjith invite le clergé à l'obéissance
Messe tridentine, l'appel du secrétaire pour la Congrégation du Culte Divin et de la Discipline des Sacrements : «les prêtres, évêques et cardinaux doivent obéir au pape»
Le clergé à tous les niveaux, doit obéir au Pape : c'est la partie centrale du message de Mgr Albert Malcolm Ranjith Patabendige, secrétaire pour la Congrégation du Culte Divin et la Discipline des Sacrements interviewé en exclusivité par Bruno Volpe.
Excellence, quel accueil a eu le Motu Proprio de Benoît XVI qui a libéralisé la Sainte Messe selon le rite tridentin ?
« ll y a eu des réactions positives et des critiques et prises de position contraires, même de la part de théologiens, liturgistes, prêtres, Évêques, jusqu'à des Cardinaux. Franchement, je ne comprends pas ces formes d'éloignement et, pourquoi pas, de rébellion envers le Pape. Je les invite tous, surtout les Pasteurs, à obéir au Pape, qui est le successeur de Pierre. Les Évêques, en particulier, ont juré fidélité au Souverain Pontife : qu'ils soient cohérents et fidèles à leur engagement ».
À votre avis, à quoi doit-on ces manifestations contraires au Motu proprio ?
« Vous savez, il y a eu, de la part de quelques Diocèses, des documents interprétant la lettre apostolique du pape qui visent inexplicablement à limiter le Motu Proprio du Pape Benoît XVI. Derrière ces actions, se cachent d'une part, des préjugés de type idéologique, et de l'autre, l'orgueil, un des péchés les plus graves. Je répète : je les invite tous à obéir au Pape. Si le Saint Père s'est senti le devoir de publier le Motu Proprio, il a eu ses raisons que je partage pleinement ».
La libéralisation du rite tridentin décidée par Benoît XVI a semblé être le remède fondé à tant d'abus liturgiques enregistrés tristement après le Concile Vatican II avec le `Novus Ordo'…
« Regardez, je ne veux pas critiquer le 'Novus Ordo'. Mais j'ai envie de rire lorsque j'entends dire, même de la part d'amis, que dans une paroisse un prêtre est un saint pour une homélie (qu'il a prêchée) ou pour la façon dont il parle. La Sainte Messe est un sacrifice, un don, un mystère, indépendamment du prêtre qui la célèbre. Il est important, ou mieux, fondamental, que le prêtre se mette de côté : le protagoniste de la Messe c'est le Christ. Je ne comprends donc pas, les célébrations Eucharistiques transformées en spectacle avec des danses, des chants ou des applaudissements, comme malheureusement cela arrive souvent avec le "Novus Ordo" »
Mgr Patabendige, votre Congrégation a plusieurs fois dénoncé ces abus liturgiques…
« C'est exact. Il existe tant de documents, qui malheureusement sont restés lettre morte, ont fini sur les étagères poussiéreuses ou, pire encore, jetés à la corbeille ».
Un autre point : beaucoup de fois on assiste à des très longues homélies …
« Même cela est un abus. Je suis contraire aux danses et applaudissements au cours des Messes, qui ne sont pas un cirque ni un stade. Quant aux homélies, elles doivent concerner, comme l'a souligné le Pape, exclusivement l'aspect catéchétique en évitant des sociologismes et bavardages inutiles. Par exemple, les prêtres se jettent souvent sur l'homme politique parce qui n'ont pas bien préparé l'homélie, qui par contre doit être scrupuleusement préparée. Une homélie excessivement longue est synonyme de préparation insuffisante: le temps juste d'un sermon doit être de 10 minutes, au maximum 15. On doit se rendre compte que l'instant culminant de la célébration est le mystère Eucharistique, sans pour cela vouloir diminuer la liturgie de la Parole ».
Revenons au Motu Proprio, certains critiquent l'usage du latin pendant la Messe…
« Le rite tridentin fait partie de la tradition de l'Église. Le Pape Benoît XVI a justement expliqué les raisons de sa mesure, un acte de liberté et de justice envers les traditionalistes. Quant au latin, je voudrais souligner qu'il n'a jamais été aboli, et en plus, il garantit l'universalité de l'Église. Mais je le répète : j'invite les prêtres, les Évêques et Cardinaux à l'obéissance, en laissant de côté tout type d'orgueil ou préjugé »